7 de novembro de 2011

O futebol e o dinheiro

Javi Poves é um jogador desconhecido no Brasil. Ele atuava na Espanha e poderia continuar ganhando a vida no futebol. Mas, o jovem atleta, de 24 anos, decidiu largar a profissão e ir atrás de seus ideais. Na contramão da maioria dos jogadores, que adoram esbanjar dinheiro comprando carros, usando joias chamativas e roupas que fazem questão de expor o nome da grife em letras garrafais, o zagueiro do Sporting Gijón anunciou o fim de sua carreira porque considera o futebol um mundo de "dinheiro e corrupção".


“Quando se vê por dentro, o futebol internacional é só dinheiro e corrupção. É capitalismo, e o capitalismo é a morte. De que vale ganhar 1000 euros se 800 estão manchados de sangue? Não quero fazer parte de um sistema onde as pessoas ganham dinheiro graças à morte de outras na América do Sul, África ou Ásia”, disse ele, que vai cursar História.


Os companheiros de equipe ficavam surpresos ao ver o jogador entretido durante as viagens do time e nas concentrações com livros como "O Capital", de Karl Marx, e "Mein Kampf", de Adolf Hitler. Nova surpresa aconteceu quando ele pediu para que seu salário fosse entregue diretamente em mãos, sem depósito bancário. Ele alegou não querer que especulassem com seu dinheiro. Outra vez o clube deu a todos os jogadores do time um carro. Poves o devolveu alegando que seu Smart era suficiente. Na minha opinião, é um bom exemplo de profissional e de como poderia ser a realidade de jogadores: igual à nossa.

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